Um estudo clínico realizado no hospital A.C. Camargo Cancer Center, em São Paulo, tem trazido grande esperança para muitas pessoas ao utilizar novos métodos de diagnóstico precoce de câncer.
Um dos métodos utiliza um aparelho parecido com um ‘BAFÔMETRO’ que, por meio de um sopro de apenas dez segundos, é capaz de detectar compostos (fenóis, álcool e gordura) liberados por células tumorais e, também, por outras alterações. Nos resultados iniciais, a capacidade do aparelho de detectar tumores de estômago chegou a 70%, comparando os compostos exalados por voluntários participantes do estudo com ou sem a doença.
Um grande avanço se levarmos em conta que, atualmente, o exame mais precoce para o câncer de estômago é a biópsia endoscópica, um exame desconfortável, que exige jejum e sedação, além de análise patológica e, muitas vezes, só apresenta sintomas quando já está em estágio muito avançado.
Outro método que vem sendo desenvolvido recentemente é o da IMUNOTERAPIA, conceito amplo que envolve várias formas de estimular células de defesa do organismo. Uma dessas técnicas em alta, criada para tratar alguns tipos de leucemia, linfoma e mieloma múltiplo, é a infusão de linfócitos T geneticamente modificados, capazes de reconhecerem um antígeno tumoral (proteína expressa pelas células malignas) e atacá-lo.
Mesmo sem aprovação comercialmente no país, essa terapia personalizada passa por diversos estudos pela indústria farmacêutica brasileira, pois seus resultados tem gerados taxas de sobrevida acima dos 60% em pacientes com doenças agressivas que, sem esse tratamento, já teriam perdido a luta contra o câncer.
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Fonte: estadão.com.br